terça-feira, 27 de agosto de 2013

Relato - CARINE BOSQUEIRO

Por alguns instantes tentei me lembrar de quando foi o meu primeiro contato com a leitura e a escrita. As primeiras imagens que vieram à mente foram as minhas garatujas na parede e as músicas que meu pai cantava para mim. Sobre as garatujas eu achava lindo representar o meu mundo, meus sentimentos ou simplesmente pensar que estava escrevendo nas paredes de casa com o giz de cera verde, meu preferido. Porém, minha felicidade sempre durava pouco, porque minha mãe sempre ficava brava comigo e eu levava uma bronca. No meu caso acho que a teimosia foi um ponto favorável, porque não demorou muito e surgiram as primeiras letras. Achei que elas mereciam um local mais adequado como o livro de receitas da minha mãe e até mesmo a caixa do álbum de casamento dos meus pais, só que agora com a caneta Bic azul.
O tempo passou e meu pai agora trocara as músicas pelos livros. Ele sempre me mostrava sua coleção de animais selvagens e comprava livros com histórias de animais para eu ler. Confesso que eu amava tudo isso. Talvez, tenha sido esse o pontapé inicial para que eu me interessasse pelas Ciências Biológicas.

O tempo passou, a escola ficou chata e na adolescência eu simplesmente lia o necessário para passar na prova. Os livros haviam perdido seu encanto. Mas a vida nos surpreende, e no cursinho pré-vestibular acabei fazendo amizade com os caras mais CDFs da turma, os gêmeos Daniel e Rafael. Eles com seus bons exemplos me fizeram tomar gosto pela leitura novamente. Aliás, vale ressaltar que essa amizade e o gosto pela leitura estão ”vivas” até hoje.

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