Por alguns instantes tentei me lembrar de quando foi o meu
primeiro contato com a leitura e a escrita. As primeiras imagens que vieram à
mente foram as minhas garatujas na parede e as músicas que meu pai cantava para
mim. Sobre as garatujas eu achava lindo representar o meu mundo, meus
sentimentos ou simplesmente pensar que estava escrevendo nas paredes de casa
com o giz de cera verde, meu preferido. Porém, minha felicidade sempre durava
pouco, porque minha mãe sempre ficava brava comigo e eu levava uma bronca. No
meu caso acho que a teimosia foi um ponto favorável, porque não demorou muito e
surgiram as primeiras letras. Achei que elas mereciam um local mais adequado
como o livro de receitas da minha mãe e até mesmo a caixa do álbum de casamento
dos meus pais, só que agora com a caneta Bic azul.
O tempo
passou e meu pai agora trocara as músicas pelos livros. Ele sempre me mostrava
sua coleção de animais selvagens e comprava livros com histórias de animais
para eu ler. Confesso que eu amava tudo isso. Talvez, tenha sido esse o pontapé
inicial para que eu me interessasse pelas Ciências Biológicas.
O tempo
passou, a escola ficou chata e na adolescência eu simplesmente lia o necessário
para passar na prova. Os livros haviam perdido seu encanto. Mas a vida nos
surpreende, e no cursinho pré-vestibular acabei fazendo amizade com os caras
mais CDFs da turma, os gêmeos Daniel e Rafael. Eles com seus bons exemplos me
fizeram tomar gosto pela leitura novamente. Aliás, vale ressaltar que essa
amizade e o gosto pela leitura estão ”vivas” até hoje.
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